Cansado pelo descanso da rotina,
partes ao Deus – Dará
na procura dum destino.
Nos sonhos duma vida nova
calcurreias nas emoções da memória
atolado no desatino da glória…
Foges da tua casa
e tropeças nas cismas do caminho,
um rio longo, garboso, manso…
como um vento a galope,
que até lhe invejas o canto
Mas essas águas têm uma vida
Seguem um rumo, e jamais
Por aqui, passarão….
Porque outras, imaculadas,
como os ventos incolores…
A galope, outras vidas cantarão!
DePiro
Que noite,
cochicho de lantejoulas que faz, destas estrelas, as flores que nunca vi…
E, destes troncos, destes galhos, também as minhas ruas, os meus
atalhos e, destas folhas, destas pétalas, perfumes para sempre….
Os odores em ti.
Esta noite, há que viver até não sei quando, correndo nestes beijos,
voando, rindo, namorando as estrelas, assim, sempre….
Pousando aqui e ali, no teu rosto… Em ti!
DePiro
A felicidade também existe,
Mas nunca é total, nem persiste.
Fulcral, no sentido da vida;
Garante-se, na harmonia que procria,
e reparte-se pelo sol de cada um…..
e pelas emoções do ser feliz…
É como sentir o olhar duma criança,
ficar hipnotizado, rendido….
Permanecer impotente e enamorado.
DePiro
Se é porque a lua te beija, que quero abraçar-te….
nem sei!
Ou porque o sol te abraça, que quero beijar-te…
sei lá!
Mas sei porque se beija e, nem sempre, se deseja.
Sim,
Quando me beijas, sei o que acontece e o quanto apetece
Se é como o desejo, ou como se deseja…
Sei lá, nem quero saber!
DePiro
Já não há flores assim, como o jarro, ou o lírio…..
Simples, que enternecem a natureza da vida;
Não florescem no jardim e perfumam toda a gente…
Já não há vidas assim, que nasçam na matriz de sempre
DePiro
Temo tanto a morte, como a vida.
Quer uma, quer outra, não foi,
por mim concebida…..
Nem justifico qualquer delas,
no azar ou na sorte!
Mas ambas são paralelas, nesta viagem,
miragem louca, onde também tropeço…
Incerteza – certa:
- Qual delas é mais real?
- Qual delas é sempre pouca?
- Nenhuma é total
Ambas fazem o poeta!
DePiro
É dia, na manhã que nos agarra a dormir,
que nos leva pela tarde, remando na noite,
que não descansa sem nos despir
E eu fitado, neste frio de ninguém,
neste fresco, nem tenho por que ficar aqui.
A lamberes-me as margens, como os ventos,
como as aragens; juntos.
Como na dor, que nunca sabemos donde vem….
DePiro
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